5 de agosto de 2006

Confissão III

É do senso comum que a primeira rapariga de quem gostei se chamava Joana, uma colega da escola primária que, para além do mais, também vem rotulada de "primeira namorada".

Nem uma coisa nem outra são verdadeiras. Nada contra a rapariga, de quem tenho uma memória absolutamente beningna. Mas não acho que seja verdade pelo simples facto de considerar que, quando tinha apenas 9 ou 10 anos, não era capaz de sentir o mínimo afecto de tipo romântico.

Posto isto, o que quase ninguém sabe é que a primeira rapariga de que me lembro de ter gostado do ponto de vista estético-afectivo, isto é, que me dava vontade de lhe espetar um beijo ou assim, chamava-se Helena.

Um nome auspicioso, de facto.

Para mais, durante algum tempo pensei que o adjectivo helénico tinha alguma coisa a ver com o nome próprio Helena e não com Hellas, a palavra que os gregos, na sua língua nativa, usam para nomear o seu próprio país.