6 de julho de 2005

Um 5 de Julho qualquer, Parte 7 - Casa

Muitas vezes cuspi-lhe no nome. Cometi o insulto mais torpe de a chamar óbvia.

Mas a cidade é uma explosão de cor e de luz e de calor que invade todos os recantos como uma Fé, até a sombra ter mais luz do que a luz dos outros sítios. O calor entranha-se na pele até refazê-la de escuro e sermos nós também um bocado da cor, da luz, da cidade. O casario estreito de um bairro, a voz que se levanta e paira sem esforço na língua dos meus olhos fechados...
Em Lisboa, tudo sou eu.
O sítio para onde vou sempre que estou a regressar.
Porque amá-la é amar-me.
É esta a minha casa.

Carlos Miguel Maia

3 Comments:

Blogger Joana said...

Gosto de te ver de novo em força na blogosfera, gosto de te ouvir falar bem da minha cidade, para variar ;op

3:52 da tarde  
Blogger João Lameira said...

Lembro-me de uma vez te ouvir dizer que o amor não era sofrimento, era como voltar de avião a Lisboa com o sol a bater na janela. Palavras que me foram úteis, que o sejam também para ti.

5:53 da tarde  
Blogger Joana said...

que sentimentais... comovem-me...

10:31 da manhã  

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