Lição de Psicologia Patológica
Não sei se me lembro bem - e é até provável que não - mas quando a minha irmã estudava Psicologia na universidade e trazia algumas das suas lições para casa, contou-me uma coisa muito interessante.
O Homem relaciona-se com o meio através dos 5 sentidos, certo? Pois bem, essa relação, a exemplo do que acontece com todas as outras, pode nem sempre correr muito bem. E para isso, definiu-se uma escala de excesso e defeito de relacionamento com o meio em que, na ponta do relacionamento deficitário se colocou uma doença chamada esquizofernia e na outra ponta, a da relação demasiado intensa com o meio, se colocou a histeria.
Analizando-me, acho que estou claramente a pender para o lado da histeria.
A carreira 28 da Carris, que costumo apanhar para chegar ao estágio, passa bem no centro da mitralhada de Lisboa. Aliás, o nome da uma das paragens: Palácio Mitra, não podia dar mais a ideia do centro nevrálgico de uma nação inteira, quem sabe de um bunker onde eles são criteriosamente concebidos, armados de todas as característcas, desde o tom da voz à maneira de falar, da roupa ao penteado, que irritam o comum dos mortais.
O resultado, como se imagina, é desastroso para a minha pequena degeneração psicológica. Os mitras que cantam canções surdamente obcenas às professoras da escola que encontram no autocarro, ou que gozam com os empregados do café que, apesar de terem a mesma idade e também não estudarem, fazem alguma coisa da vida, as bardajonas de 15 anos que falam aos gritos dos filhos que trazem nas barrigas, tudo aquilo afecta a minha sensibilidade de uma maneira que já não consigo ignorar... temo que toda aquela estupidez junta me esteja a deixar agorafóbico ou, melhor ainda, mitrafóbico.
Carlos Miguel Maia
O Homem relaciona-se com o meio através dos 5 sentidos, certo? Pois bem, essa relação, a exemplo do que acontece com todas as outras, pode nem sempre correr muito bem. E para isso, definiu-se uma escala de excesso e defeito de relacionamento com o meio em que, na ponta do relacionamento deficitário se colocou uma doença chamada esquizofernia e na outra ponta, a da relação demasiado intensa com o meio, se colocou a histeria.
Analizando-me, acho que estou claramente a pender para o lado da histeria.
A carreira 28 da Carris, que costumo apanhar para chegar ao estágio, passa bem no centro da mitralhada de Lisboa. Aliás, o nome da uma das paragens: Palácio Mitra, não podia dar mais a ideia do centro nevrálgico de uma nação inteira, quem sabe de um bunker onde eles são criteriosamente concebidos, armados de todas as característcas, desde o tom da voz à maneira de falar, da roupa ao penteado, que irritam o comum dos mortais.
O resultado, como se imagina, é desastroso para a minha pequena degeneração psicológica. Os mitras que cantam canções surdamente obcenas às professoras da escola que encontram no autocarro, ou que gozam com os empregados do café que, apesar de terem a mesma idade e também não estudarem, fazem alguma coisa da vida, as bardajonas de 15 anos que falam aos gritos dos filhos que trazem nas barrigas, tudo aquilo afecta a minha sensibilidade de uma maneira que já não consigo ignorar... temo que toda aquela estupidez junta me esteja a deixar agorafóbico ou, melhor ainda, mitrafóbico.
Carlos Miguel Maia
3 Comments:
mmmmm acho que sim, que estás a ficar histérico... Uma bicha histérica :op...
Dá à costa e volta a aparecer...
Beijas
Percebo o que queres dizer. Devia de haver uma manifestação nos Olivais contra a presença de mitras em Portugal - uma especie de Orgulho Inteligente.
Era mandá-los todos para a terra deles, era o que era...
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