Knot
Partiu-se a minha pulseira, fita, fio, seja lá o que lhe queiramos chamar.
E só nesse momento é que me lembrei que era um lembrete, a única peça de mundo que esteve presente em rigorosamente cada momento dos últimos 4 anos. Uma olimpíada.
O fio tinha sido dado de presente quando saí da Oikos e de Portugal. Não invocava nenhuma divindade, se bem que pudesse colocar a ideia de um planeta sem pobreza na aura das Ideias que não lhe pertencem.
Mas o que me fez deter foi ter-me, só nessa altura, apercebido que este pedaço de polyester viveu comigo em 2 casa diferentes, sem considerar outras arrumações mais temporárias que a minha vida teve, e que atravessou comigo algumas fronteiras nacionais. Que, mais que tudo isso, sentiu-me o pulsar enquanto atravessava outras, menos definidas. Que viveu com duas pessoas e que aprendeu uma língua comigo.
Assistiu a todas as promessas incumpridas, a todos os planos desfeitos, a todas as juras inconsequentes, a todas as desculpas, a todos os recuos, a todos os regressos,
mas também a todas as partidas.
E agora, que me sombra o problema do que fazer com ela, só me apetece reatá-la ao pulso esquerdo, talvez com mais força.
E só nesse momento é que me lembrei que era um lembrete, a única peça de mundo que esteve presente em rigorosamente cada momento dos últimos 4 anos. Uma olimpíada.
O fio tinha sido dado de presente quando saí da Oikos e de Portugal. Não invocava nenhuma divindade, se bem que pudesse colocar a ideia de um planeta sem pobreza na aura das Ideias que não lhe pertencem.
Mas o que me fez deter foi ter-me, só nessa altura, apercebido que este pedaço de polyester viveu comigo em 2 casa diferentes, sem considerar outras arrumações mais temporárias que a minha vida teve, e que atravessou comigo algumas fronteiras nacionais. Que, mais que tudo isso, sentiu-me o pulsar enquanto atravessava outras, menos definidas. Que viveu com duas pessoas e que aprendeu uma língua comigo.
Assistiu a todas as promessas incumpridas, a todos os planos desfeitos, a todas as juras inconsequentes, a todas as desculpas, a todos os recuos, a todos os regressos,
mas também a todas as partidas.
E agora, que me sombra o problema do que fazer com ela, só me apetece reatá-la ao pulso esquerdo, talvez com mais força.
2 Comments:
tive várias pulseiras daquelas do bonfim, em que se pediam desejos à medida dos nós. Pedia sempre o mesmo: que ninguém de quem gostasse morresse antes de mim, que o you-know-who da época gostasse de mim e que fosse uma boa advogada.
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e eu que ia pedir que fosses tu a reatar a pulseira. Com uma "mão fria" dessas acho que vou reconsiderar.
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