2 de março de 2009

D10S


Vendo este documentário sobre Maradona, apercebi-me de uma coisa.

Num mundo em que ser celebridade não é particularmente difícil, o que realmente distingue os deuses dos outros é a capacidade de deixar uma marca no zeitgheist.
A verdade é que, por muito que as TVIs deste mundo nos queiram iludir do contrário, por cada milhão de Zé Marias, há-de aparecer um só Elvis, uma só Marilyn que mal sustém as saias, um só penteado à Kennedy, um só passeio atravessado por Beatles, uma só maquilhagem à Piaf ou mesmo um só "Obrigado, muito obrigado!" à Amália Rodrigues. Enquanto que os outros acabam por se esboroar como grãos de tempo na areia dos séculos, os verdadeiros mitos conseguem entrar no "imaginário colectivo". E fazem-no pela única forma que há de entrar em "imaginários": com uma imagem que capture o símbolo em que o homem se tornou.

Pois é isso mesmo que faz de Diego um ser especial. El Pibe d'Oro, Diegol, Barrilete Cósmico ou simplesmente Dios, Diego Armando Maradona já entrou no zeitgheist com imagens que cheguem para fazer uma equipa de futebol.