30 de dezembro de 2005

Delva

Um caderninho de notas escrevinhado numa língua estranha, um rapaz solitário num combóio que vai de Nápoles às entranhas da Sicília… escrevinhando, escrevinhando… quis descobrir até que ponto tudo isto não é simplesmente de mais para a curiosidade feminina.
Podia ser que o meu italiano incompleto, feito de uma mistura rara de sotaque português com pronúncia milanesa fosse simplesmente confusão a mais.
Mais uma surpresa: se razões faltassem, aquela língua vagamente familiar que saía da minha boca aos trambolhões ainda aguçou mais a curiosidade daquela rapariga sentada ao meu lado.

Desculpe, como é que se faz para chegar à Sicília? É uma ilha e a não ser que tenham inventado um túnel ou um grande ponte, vamos ter que sair deste combóio e atravessar as águas num barco, ou não?
Sim e não..., foi a resposta que não insisti em não perceber para ficar a conhecer Delva melhor.