Os meus dois melhores amigos aqui onde estou agora, são do "britânico mais conservador" que eu conheço.
A bem dizer, são britânicos, dos poucos que eu conheço
e os únicos que eu conheço bem
e deve ser por isso que são do "britânico mais conservador" que eu conheço.
Sim, ele prefere o pro-evo ao fifa e, "quando já não conseguir jogar à bola", vai aprender a jogar golf. Sim, ele gosta de passar os domingos num bar escuro a ver os jogos da premier league e de
barbacues. E não, ele não percebe porque é que alguém leva um livro para um bar.
Sim, ele acha que a Guerra do Iraque tinha que ser feita e que se eu tivesse vivido, como ele viveu, os ataques de Londres em primeira-mão, também ia achar o mesmo.
E, no entanto, quer um quer outro me disseram que ficaram absolutamente chocados quando descobriram, há poucos dias, que em Portugal, em plena "Europa" como eles chamam ao continente de que parecem não fazer parte, o aborto não é permitido.
Mais chocados, pobres, viriam a ficar segundos depois quando lhes disse que eu próprio, provavelmente um dos "europeus mais esquerdistas" que eles conhecem, votei contra a despenalização do aborto há 8 anos.
No
palmier vou explicar porquê.