30 de novembro de 2006

Contre la montre, ou de como eu não gosto de coisas fáceis

Horário previsto de chegada à estação terminal:

23.43
t minus 17 to 2007

24 de novembro de 2006

Corpier

Madames et Messieurs,

Faites les jeux...
rien ne va plus!

17 de novembro de 2006

LGBT, a direita do medo e o direito à adopção

1. O medo de que um casal homossexual possa forçar um filho adoptivo a ser homossexual não me parece de todo plausível. Se há gente tolerante em relação às escolhas e às orientações sexuais, são os homossexuais.

2. O medo de que um casal homossexual possa influenciar um filho, pela maneira de agir e de se comportar, a ser homossexual é tão descabido como a certeza de que um filho de um casal heterossexual, por mimetismo, nunca há-de ser gay.

3. O medo das consequências da falta do lado masculino ou feminino no processo de socialização parece-me estar a ser exagerado. Dizer que o acompanhamento afectivo, em certos momentos e certas instâncias, por uma mãe ou um pai são indispensável ou sequer preferível é falso.

O que é indispensável é o acompanhamento e se um casal de homossexuais, principalmente nas circunstâncias actuais, toma o passo de querer adoptar um filho, parece-me garantido que o vai acompanhar e amar.

4. O medo de que um filho adoptivo de um casal de homossexuais não seja homofóbico e, portante, não vote na direita, já me parece mais razoável.

16 de novembro de 2006

Rain 2

Os lisboetas parecem ter-se esquecido da chuva.

Países há, onde já chove com alguma regularidade desde Agosto, o que parece não trazer maior transtorno às suas populações do que aquele de ter que levar um chapéu de chuva. De certeza que não merece uma daquelas reportagens/atentados ao jornalismo dizer "hoje choveu!".

Mas aqui é verdadeiramente assustador ver o esgar das pessoas que saem da boca subterrânea do metro e se deparam com a chuva como se de um episódio do Apocalipse se tratasse.

Oh meu Deus! Está a cair água do céu! Que mais nos vai acontecer?!

15 de novembro de 2006

Rain

A chuva lá fora,
o manto cinzento que esconde o azul de Lisboa
parece-me uma visita daquel'outra parte da minha vida.

14 de novembro de 2006

Marketing.pt

Scolari a reafirmando ser fã de Augusto Pinochet


Não é novidade que eu considero que os markeets são os piores dos seres humanos, uma intercepção entre o requinte dos sublimes nos métodos e a rudez dos macacos nos propósitos. Aquilo a que se chama malvadez.

A medida mais perfeita dos méritos de um povo é a publicidade a que é sujeito. Veja-se a Suécia, uma nação de gente inteligente e que, por isso, louve-se o esforço, obriga os marketeers a pelo menos tentar esconder que nós não somos mais que um público-alvo.

Nesse país, como noutros, a inteligência do povo grageou-lhe o direito de se lhes ter que fingir que estão a ser respeitados como pessoas com direitos.

A medida, por sua vez, da boa ou da má conta em que o marketeer leva a inteligência dos compradores é a menção mais ou menos explicita, mais ou menos latente, do tal publico-alvo. Decorrendo do que eu estava a dizer antes, quanto mais esperto o marketeer pensa que o comprador é, mais obrigado fica a chegar-lhe sem lhe dizer que é ele a quem está a tentar chegar.
(A repetição do argumento terá a ver com a inteligência que eu acho ao meu público-alvo)

Chegado a casa, deparei-me com posters gigante da CGD, com a fotografia em dimensões elefantinas, de um jovem rapaz, de olhar vago e ar massificado e de uma rapariga, também ela escolhida para ser igual às outras todas. "EU [não] SOU FÃ" do tipo de marketing que diz:
se também tu tens o cabelo assim, e vestes
e ages
e pensas da mesma maneira que todos os outros que pensam que também são diferentes e especiais,
enquanto vão à mesma discoteca que tu,
compra* já!

Detesto o marketing e detesto quando me fazem sentir estúpido!
"[não...] EU [definitivamente não] SOU FÃ".


* o equivalente a uma daquelas assinaturas que vende a tua alma ao diabo por causa de uma casa ou de ainda menos.

3 de novembro de 2006

9 meses

O que é que 9 meses podem fazer a uma pessoa? Bastante, se pensarmos, por exemplo, nos primeiros.

E agora que o ciclo se fecha e o frio final de Novembro faz tanto lembrar aquele frio do princípio de Fevereiro,
agora que tudo se arrasta para se fechar,
está na altura de dizer Até já!