22 de setembro de 2005

Milano C.le (ou Milano C.le 2, melhor dito)

Na noite de 8 de Julho de 2005, na véspera da minha partida para Bruxelas portanto, tinha falado com ela ao telefone.
Vou para a Tunísia, dizia-me alegremente.
Para a Tunísia? Fazer o quê?
Vou trabalhar. Aqui há uns dias inscrevi-me numa agência de viagens que promove excursões e férias na Tunísia e eles ligaram-me. Depois fui fazer uma entrevista e eles querem que eu vá para lá. Vou receber os clientes ao aeroporto, acompanhar a vida deles no Hotel, organizar excursões de camelos pelo deserto...
(Pergunta estúpida) Então e eu?
(A resposta que se esperava) Vens ter comigo!
Eu estou de viagem marcada para Bruxelas e depois para Milão e, um dia antes de partir, dizes-me para ir ter contigo à Tunísia!?
Eu sei que é complicado, mas a vida na Tunísia não custa nada. Podias lá ficar uma semana ou duas...

Eu sei que, durante os dois anos que tinha durado a nossa relação até ali, devo ter dito muitas vezes qualquer coisa do género por-ti-amor-vou-a-todo-o-lado, vou-até-ao-inferno.
Só nunca pensei que me fossem realmente pedir para ir a Tunis por ela.

A verdade é que eu, por ela, vou mesmo a todo o lado. E isso nem deve ser visto como um compromisso de seriedade ou de sujeição ao sacrifício. Eu, mesmo sem ela, gostava de ir a todo o lado. Se ela me faz realmente percorrer os quilómetros, só tenho mesmo que agradecer o facto de ter encontrado alguém assim.

Tunis.
Quem me visse a falar com o Filipe na praça Schumann, ao lado do edifício da Comissão, não adivinhava que eu daí a menos de 2 semanas havia de estar em Tunis. Não adivinhava, porque nem sequer eu me conseguia ver em Tunis daí a duas semanas, com a roupa que tinha trazido para ficar algum tempo em Bruxelas, ou algum tempo em Milão, ou algum tempo fosse lá onde fosse.
Mas em Tunis? Nem fazia ideia de como é que se lá chega?

A melhor maneira de chegar à Tunísia quando se está no Norte de Itália é atravessar o país de autocarro até à ponta ocidental da Sicília, em Trapani, e apanhar um ferry que nos leva até lá pela módica quantia de uns 30 euros.
Acontece que em Itália não há uma companhia nacional de autocarros, até porque a companhia nacional de combóios serve realmente a nação toda. Portanto, é preciso descobrir para cada parte do trajecto qual é a companhia de autocarro que funciona na zona e ao melhor preço.
O plano final previa paragens em Roma, Nápoles, Reggio Calabria (na pontinha da bota) e Messina (já do outro lado do canal com a Sicília), Palermo, com chegada final a Trapani.
Nem todas as partes deste percurso estavam bem servidas por autocarros, havendo mesmo uma porção, de Nápoles a Roma, no caminho de volta, em que iria pedir boleia. Se toda a gente pode dizer que quem tem boca vai a Roma, eu havia de prová-lo cientificamente, poupando algum dinheiro no processo, arriscando um qualquer encontro com a Cosa Nostra pelo meio(a partir deste momento este blog passou a ser observado pela CIA... e a partir deste passou a ser traduzido pela CIA... oh, by the way, fuck you) mas não havia de ser nada.

Com apenas 35-40% do orçamento total de que dispunha empenhado na viagem, iria tentar viver por 15 euros diários na Tunísia, incluindo alojamento, ou talvez ainda menos, para poder lá ficar durante cerca de 13 dias. Espero que notem que têm agora os elementos suficientes para calcular algebricamente a miséria que eu levava comigo e assim perceber o que aquele podias-ir-lá-ter-comigo queria realmente dizer.

Surpresa.
Tinha deixado de saber se iria ou não à Tunísia. Tinha começado a hesitar ao telefone e a hesitação tinha resultado num refrear do entusiasmo do lado da agência de viagens.
Choque.
Ligaram-lhe a dizer que afinal não poderia ir à Tunisia porque havia-alguém-que-já-tinha-experiência-que-se-havia-apresentado-à-última-hora, ou uma história afim.
O horror.
Que não se preocupasse porque havia outros destinos como Loret de Mar, ou Benidorm.
O twist.
Ligaram-lhe da Universidade Católica (de Milão, claro está) a convidar para trabalhar na Enciclopédia Filosífica que está a ser elaborada como revisora dos textos a publicar.
E o turn.
Ligam-lhe da agência e dizem-lhe para fazer imediatamente as malas para Creta.

A pergunta.
Creta!? E como que raio é que eu vou para Creta, agora!? Será que há um ferry a partir de Brindisi? Na outra pontinha da bota? Vou mas é para a pontinha do ... ... ... Ok, Brindisi. E como é que eu vou até Brindisi?
A resposta.
Não vais. Vou ficar aqui. Creta deve ser insuportável ao fim de duas semanas, quanto mais 2 meses.
Aqui estou em casa, trabalho pela internet e giro os meus horários. E assim podes ficar aqui comigo algum tempo.

A resposta certa. Ou quase...
Aquilo que disse acerca dos quilómetros era verdadeiro. E os sentimentos verdadeiros, como o por-ti-vou-até-ao-inferno, têm que ter consequências verdadeiras como ir a Tunis, ou a Creta, ou ao inferno... ir.
A consequência daquele plano louco de Lisboa a Tunis, por Bruxelas, Milão e sabe-se lá que pontinha da bota,
teve uma consequência que não podia ignorar:
Apaixonei-me.
Pela viagem.
E ia fazê-la.
E fi-la.
Não até a Tunis, mas até Trapani.

Ela comprou-me os guias. Que melhor presente podia esperar? Ofereceu-me guias para uma viagem até ao Sul.
Para não me perder,
para voltar.
E levou-me de vespa até à estação. Milano C.le, outra vez.


Beijei-a para engolir as palavras.
Disse-lhe só uma.

E fui sozinho, olhando do combóio o frio da noite escuro, outra vez sozinho, outra vez a noite escura.
Fui ver a cor do mar em Trapani. Ali no meio do anda. A meio entre o outro lado do mundo dela e o outro lado do meu. Ali onde se apanham um ferries de 30 euros para a Tunísia,
onde o meu Sul acabou.

Miguel Maia

20 de setembro de 2005

Amiga Colorida

O que é que nós somos?

Desde crianças que aprendemos o valor de um esgar envergonhado de alguém que gosta de nós,
o valor de um corpo tímido que vai ao encontro de outro para, na mesma fracção de segundo, não chegar a partir, humilhado pela vergonha de quase se ter permitido fazê-lo,
de uma mão que se junta e cobre e acaricia outra em nome da amizade, ou em nome do amor, ou em nome do que prefere não ter nome.

O que é que nós somos?

Depois aprendemos a vencer a barreira da vergonha e, mais cedo ou mais tarde,
numa primeira vez
o outro corpo vai ao encontro do outro,
e não voltamos atrás,
e deixamos o corpo falar pelo segredo da alma e mostramos, adolescentes, o que é gostar de alguém sem ter que lho dizer.

O que é que nós somos?

Depois fugimos às perguntas, ao desconforto das definições, e queremos a liberdade de falar com os olhos e com o corpo e de não ter que falar com a boca.
E queremos o que sempre quisemos desde que somos crianças e adolescentes,
que ela não se vá embora, que ela não seja livre, mas seja nossa.
E falamos. E perguntamos.

O que é que nós somos?

E numa noite de esperança, ou de alegria inebriante, ou de desespero,
numa noite de descoberta, ou de redescoberta,
em que os olhos falaram como quando eramos crianças,
em os corpos falaram como quando eramos adolescentes,
não posso fingir-me distraído.

O que é que eu sou, Miguel?
Sou a tua Amiga Colorida.

Carlos Miguel Maia

19 de setembro de 2005

Mandela (ou Milano C.le 1)

Fui ter com ela porque era a única consequência daquilo que sentia.

E, ainda assim, viajava na mais completa escuridão. Quando entrei no autocarro que me levou do aeroporto até à estação central dos combóios, onde ela me esperava, já passava da meia-noite e a última réstia do calor do sol já tinha desaparecido.
Foi com a cabeça encostada ao vidro que dava para o frio da noite que percebi que a única consequência daquilo que sentia era estar dentro daquele autocarro, a atravessar aquela noite, à espera de encontrá-la naquela estação.

Não sabia quem era a pessoa que ia encontrar, não sabia como iria reagir, o que iria suceder depois dessa reacção.
Não sabia o que aconteceria a seguir,
se viajaria com ela,
sozinho,
se viajaria de todo, quando, por onde, até onde, por quanto tempo.
Não sabia se estava a 2 dias, 2 semanas ou 2 meses de voltar a casa.
Não conhecia a pessoa que ia voltar a ver. Deixara de a conhecer naquele dia 9 em que me tentara dizer que não-me-podia-dizer-mais-nada, em que me tentara explicar que estas-coisas-não-se-explicam.
Viajava mergulhado nessa escuridão.

No meio da escuridão, em que não vejo nem oiço nada, em que me sento dentro de um autocarro que atravessa essa escuridão e encosto a cabeça ao vidro que não me deixa ver para além dessa escuridão,
nesse preciso momento,
a única coisa que conta sou Eu.
E chamo a mim tudo o que é Bom, ou é Santo, ou é Certo, ou é Belo.

"Uma vez jurei-te que em cada coisa de belo que fizesse ou fosse, havia de estar um bocado de ti". Envio uma mensagem de paz para o meu passado
e chego à estação.
Milano Centrale, Milano C.le.

Era dia 13. Faltavam 2 meses para que a nossa relação pudesse ter tido 2 anos e 1/2.
Sabia o que ia acontecer.
Encontrei-a e deu-me um beijo na face, que não era gélido, que nunca poderia ter sido absolutamente gélido. Já o sabia. E não houve surpresa.
No caminho para sua casa, viajei colado a ela na sua vespa, tentado não me colar demasiado, tentando principalmente não lhe fazer perceber que sorvia o perfume da sua pele, dos seus cabelos que descobri que adoro ainda, sem lhe poder dizê-lo. Ainda.

O meu ainda nasceu naquele instante em que redescobri que adoro o perfume dos seus cabelos dourados,
como os de um anjo,
dos seus cabelos que sabem a anjo.
Nesse instante morreu a minha parte da dúvida, deixei de não saber se não queria estar com ela e passei a ter a certeza de que queria ainda não estar com ela.
Faltava enfrentar a dúvida dela.

Sentámo-nos na cozinha.
Comecei a falar.

Sabes porque chorei naquele dia em que saí de Lisboa?
Às vezes começamos a fazer umas coisas atrás das outras, só porque vêm a seguir às outras que tínhamos feito antes. E nessa rotina de responder à pergunta o-que-é-que-queres-fazer-a-seguir? com alguma coisa que faça sentido a quem nos ouve, perdêmo-nos. Na rotina de fazer aquilo que se espera de nós, esquecêmo-nos de quem somos o do que queremos fazer.
E nesse momento as nossas namoradas esquecem-se de quem nos somos, e os nossos pais ficam tristes e os nossos amigos perguntam-nos o-que-tens?-andas-chateado-com-alguma-coisa?

Mas um dia há uma frase qualquer ouvida na televisão que nos faz chorar sem sabermos porquê.
"A erradicação da pobreza não é uma questão de caridade, é um acto de justiça".
Nelson Mandela.
E quando nos esquecemos de cada gesto que não abrace essa luta bela é um gesto gasto, perdemos as nossas namoradas, os nossos pais, os nossos amigos.

Quem lhe dizia isto eram os meus lábios e a minha língua, mas quem lho garantia,
e garantirá sempre,
eram os meus olhos, e as lágrimas que deles escorriam.

A sua mão sobre a minha, outra vez, como há 2 anos e 1/2,
menos 2 meses
e, se bem que o tudo ainda não tivesse recomeçado,
o nada voltou a deixar de o ser nesse instante.

E não voltei a viajar na escuridão.

Carlos Miguel Maia

18 de setembro de 2005

Un Uomo, Parte 2

Alexandrós Panagulis, Alekos, foi um homem porque
ao invés de fingir-se distraído,
de obedecer quando lhe mandaram tapar os olhos,
assumiu a única consequência de tudo quanto sentia.

Alekos zi. Alekos vive.

Carlos Miguel Maia

15 de setembro de 2005

la classe

Estou a escrever no meu blog pessoal um pequeno aparte ao meu diário de uma viagem que já passou por locais como o anfiteatro grego de Taormina na Sicília, e que ainda ontem passou por Bruxelas, e já depois de amanhã vai acabar em Lisboa.
Estou a escrevê-lo no meu laptop, sentado na cama de uma pousada em Paris, com acesso wifi.

O sonho é possível. Só faltas tu.
It doesn't get any better than this.

Como se diz nestas partes,
... la classe...

Miguel Maia

9 de setembro de 2005

9 do 9 do 9 do 9

9/06 - A Viviana liga-me, depois de três dias de reflaxão, dizendo-me que a nossa relação está acabada. Nesse dia odiei-a, como nunca a tinha amado antes.
A partir desse dia, o meu destino passou a ser meu.

9/07 - No aeroporto, viro as costas voluntariamente a uma vida onde ainda está tudo por fazer. Deixo, no solo português, uma lágrima por cada momento em que desisti de fazer aquilo que queria, por cada momento em que senti remorso.
Deixo o meu país com o peso da montanha que tenho que superar. Mas sinto-me leve, como alguém que cumpre um desejo secreto.

9/08 - Viajei sozinho por uma ilha amarela escura, enfrentando todos os medos que me vinham à cabeça. Perdi-me em cidades que conheci só de noite, dormi em vales de templos desertos de gente, caminhei por entre correntes de gente deserta de tempo. Perdi cada batalha comigo mesmo.
Chorei lágrimas da cor da terra e quando o sono era o meu único refúgio, vigiei e esperei por ser mais forte
até que fui.
Depois voltei.
Um mês depois de sair de casa, tenho um quarto alugado numa paralela do Corso Buenos Aires, em pleno centro de Milão, um emprego num dos restaurantes mais movimentados da cidade, uma namorada, Viviana, que me vem buscar de vespa para irmos ao cinema durante o meu intervalo entre o almoço e o jantar e para me levar a casa e passar a noite comigo depois de cumprido o dia. Tenho roupa nova que visto porque gosto, tenho cds novos que oiço porque são belos, tenho tudo porque quero.

9/09 - Começo a escrever o meu diário enquanto espero por saber o próximo passo. Nem a Viviana pode dizer que vem para Lisboa, nem eu posso dizer que poderei ficar longe dela. As respostas não surgem quando quero, só as perguntas.
Mas o meu diário começo-o. Começo-o porque quero. Porque desde o que me aconteceu faz hoje 3 meses, só faço aquilo que quero.

A minha vida é um acto deleitoso, corajoso, muitas vezes errado,
muitíssimo meu,
de volição.

Carlos Miguel Maia

6 de setembro de 2005

Calciese

O tempo que passei na casa que aluguei no centro de Milão e o tempo que, dentro dela, passei a ouvir falar de futebol enquanto fazia o jantar, passava a ferro e outros quejandos, permitiu-me aprender umas quantas expressões do futebolês italiano que me podem ajudar numa futura hipotética carreira de comentador desportivo neste país.
Como sei que há aí fora quem goste de ouvir falar destas coisas e como eu existo para agradar, aqui vão alguns exemplos:

Allenatore - Treinador, mister.

Azzurro - Jogador italiano a jogar no estrangeiro.
"Topo" Miccoli (o "rato" Miccoli), agora ao serviço dos campeões de Portogallo (que vómito!!), é o mais recente azzurro.

Bomber - Ponta-de-lança alto e tosco.
A sua presença em qualquer rosa é tão necessária como a de 3 guarda-redes. A squadra azzurra tem sempre um convocado. Nesta altura trata-se de Luca Toni, o antigo bomber do Palermo que recentemente se transferiu para a Fiorentina.

Calciatore - Jogador profissional de futebol.

Calciese - Futebolês.

Calcio - Futebol.

Calciomercato
- Mercado de transferências.
O calciomercato deste ano foi animado pela possibilidade não confirmada de Antonio Cassano se poder transferir da Roma para a Juventus.

Federazione Italiana Giuoco Calcio - Federação.

Fica ou Figa - Orgão sexual feminino; sent. fig. diz-se de uma rapariga que inspira desejos carnais.
Razão pela qual, sempre que se dizia que Giovanni Trapattoni estava no Benfica, havia um sorriso escarninho nos lábios dos italianos.

Figo - Masc. de Figa, rapaz giro.
As novas camisolas do Inter com o n.º 7 e o escrito Figo estão a ter muito sucesso entre os rapazes mais convencidos de Milão, isto é, todos eles.

Pallone - Bola.

Portogallo - Portugal. Vice-campeões da Europa em título.

Rigori - Desempate por penáltis.
Desde 1990 que squadra azzurra é sempre eliminada dos campenatos do Mundo nos rigori. Primeiro foi afastada na meia-final do campeonato do Italia90 por um rigore defendido pelo excêntrio guarda-redes argentino Goicotxea.
Depois perdeu a final do mundial de 1994, realizado nos Estados Unidos, nos rigori, com um rigore falhado por Roberto Baggio.
Por fim, em 1998 foi eliminada pela futura campeã, a França, de novo nos rigori, com um falhanço do di Biagio.
Para variar um bocado, no último mundial da Coreia-Japão, foi afastada por um golo dourado coreano, depois de uma arbitragem que ainda causa azia.

Rosa - Plantel.
A rosa do Inter tem sempre mais de 30 calciatori.

Sfiga - Azar.
A Squadra azzurra tem sempre sfiga com os rigori.

Squadra
- Equipa.

Squadra azzurra - Selecção nacional, equipa de todos nós.
De todos eles, neste caso.

Tifare una squadra - Ser de uma equipa.
Os tifosi do Milan não estão com muita paciência para o allenatore Ancelotti depois da final da Liga dos Campeões do ano passado, perdida de novo nos rigori.

Transferta insidiosa - Visita a um terreno complicado.
A ida ao estádio Friuli, da Udinese, é sempre uma transferta insidiosa.

Carlos Miguel Maia

1 de setembro de 2005

Untitled

Já me tinham dito que tenho mais jeito para títulos bombásticos do que para coisas com substância propriamente dita.
Aqui vão os próximos.
9 do 9 do 9 do 9
Mandela
Amiga colorida
Milano C.le
Vintage
Delva
Pop quiz: Como é que se faz chegar um combóio à Sicília?
Giacomo & Elena
Comme mai?
SiXilia
Amarelo escuro
Mélies
Rotas e Destinos
Via del Corso
Milano C.le bis

E aqui vão alguns outros de que me estou a lembrar agora.
Pop Quiz 2: O que nunca se deve perguntar a um napolitano?
Mr. Pinguin
Corna, Luisa
Droga 2
Darwin
O rio dos Camarões
Ringhiera
Pink fucking Floyd

Até breve.

Mediolanum

A cidade onde estou?
Milano,
a cidade para onde voltei depois fazer uma viagem de 10 dias em solitário pela Sicília.
a cidade onde estou a trabalhar há um mes num restaurante gerido por napolitanos incompetentes e corruptos.
a cidade onde voltei a encontrar o meu amor.

Carlos Miguel Maia