Liga dos Últimos: MMS
(Este post será, na prática, escrito em duas línguas, sendo cada uma usada onde e enquanto a achar mais plástica. Live with it).
Algumas regras da política valem para todos os aspirantes a partido:
1. There is only space for one scrappy insurgency.
2. A melhor maneira de um partido pequeno crescer é fingir que é grande. If you dont have it, fake it until you make it.
Na Liga dos Últimos dos partidos portugueses (a futebolização da política está aí para durar, com gritos como: "Allez Portas, allez, nós somos a tua voz..." quem sou eu para a contrariar?) destacaram-se dois novos movimentos, candidatos a scrappy insurgency: o MMS e o MEP. E ambos falharam, de maneira que nem uma scrappy insurgency tivemos.
Ainda assim, na tabela dos que mais longe ficaram de fazer aquilo a que se proposeram, o MMS "merece" uma menção honrosa, não fosse o movimento estar fundado no "mérito". Um partido pequeno não deve ter como bandeira o facto de não se ouvirem os "partidos pequenos" porque, por maioria de razão, estarão a lembrar no final de cada frase que são um "partido pequeno", com todo o terrível estigma de "irrelevância" de que dificilmente se alguma vez se conseguirão livrar. You need to fake it, until you make it.
E o que dizer das acções de campanha propriamente ditas? Foi do mais confrangedor, a começar pelo percalço da "Conchichina", abundantemente detalhado aqui ou, mais recentemente, aqui. A partir de agora, pelo menos para os que se importam, o MMS será sempre lembrado como o movimento das palavras quase certas que o povo diz mal de qualquer das maneiras, aquele pessoal da "mortandela", de "espilrar", de "trelze" ou a ideia de que o "goal average" não é a média de golos. Tudo coisas de "partido pequeno".
Depois, e seguindo na maravilhosa senda da futebolização da política, aquela ideia de impugnar as eleições nos tribunais associou-os imediatamente àquele "pequeno" candidato do Benfica que levou tentou a mesma coisa só para agora ser "o gajo que levou uma coça do Vieira e de que ninguém se lembra o nome".
Toda a campanha do MMS se resumiu, para mim, na última acção de campanha que pude (não tive alternativa) acompnhar, ontem em Lisboa. No Marquês de Pombal, uma caravana de carros com as bandeiras azuis do movimentos começou num carrocel interminável de buzinas. A certa altura, uma senhora que passava perto de mim, acossada por aquele frenesi infernal tapou os ouvidos. A imagem de alguém que, perante uma acção de campanha, tapa os ouvidos (as acções de campanha, pelo menos no meu tempo, costumavam ter o objectivo oposto) foi quase uma epifania.
Algumas regras da política valem para todos os aspirantes a partido:
1. There is only space for one scrappy insurgency.
2. A melhor maneira de um partido pequeno crescer é fingir que é grande. If you dont have it, fake it until you make it.
Na Liga dos Últimos dos partidos portugueses (a futebolização da política está aí para durar, com gritos como: "Allez Portas, allez, nós somos a tua voz..." quem sou eu para a contrariar?) destacaram-se dois novos movimentos, candidatos a scrappy insurgency: o MMS e o MEP. E ambos falharam, de maneira que nem uma scrappy insurgency tivemos.
Ainda assim, na tabela dos que mais longe ficaram de fazer aquilo a que se proposeram, o MMS "merece" uma menção honrosa, não fosse o movimento estar fundado no "mérito". Um partido pequeno não deve ter como bandeira o facto de não se ouvirem os "partidos pequenos" porque, por maioria de razão, estarão a lembrar no final de cada frase que são um "partido pequeno", com todo o terrível estigma de "irrelevância" de que dificilmente se alguma vez se conseguirão livrar. You need to fake it, until you make it.
E o que dizer das acções de campanha propriamente ditas? Foi do mais confrangedor, a começar pelo percalço da "Conchichina", abundantemente detalhado aqui ou, mais recentemente, aqui. A partir de agora, pelo menos para os que se importam, o MMS será sempre lembrado como o movimento das palavras quase certas que o povo diz mal de qualquer das maneiras, aquele pessoal da "mortandela", de "espilrar", de "trelze" ou a ideia de que o "goal average" não é a média de golos. Tudo coisas de "partido pequeno".
Depois, e seguindo na maravilhosa senda da futebolização da política, aquela ideia de impugnar as eleições nos tribunais associou-os imediatamente àquele "pequeno" candidato do Benfica que levou tentou a mesma coisa só para agora ser "o gajo que levou uma coça do Vieira e de que ninguém se lembra o nome".
Toda a campanha do MMS se resumiu, para mim, na última acção de campanha que pude (não tive alternativa) acompnhar, ontem em Lisboa. No Marquês de Pombal, uma caravana de carros com as bandeiras azuis do movimentos começou num carrocel interminável de buzinas. A certa altura, uma senhora que passava perto de mim, acossada por aquele frenesi infernal tapou os ouvidos. A imagem de alguém que, perante uma acção de campanha, tapa os ouvidos (as acções de campanha, pelo menos no meu tempo, costumavam ter o objectivo oposto) foi quase uma epifania.