21 de dezembro de 2006

Frases feitas

Na outra semana vi o Cristiano Ronaldo a escusar-se a comentar um assunto que não lhe interessava comentar.
Noto que tem havido o chamado "trabalho de laboratório" na preparação das frases feitas dele. Se lhe perguntarem pelo jogo da Liga dos Campeões poucos dias depois do próximo jogo do campeonato, a resposta já lhe sai direitinha:
-Não quero falar da Champions. Nesta altura estou concentrado no jogo do campeonato.

O pior é quando o metem o rapazinho fora do contexto,
como quando foi conviver com umas criancinhas quaisquer em Óbidos:
- Não quero falar do título de melhor jogador do mundo. Nesta altura estou concentrado no Natal.

20 de dezembro de 2006

Sinais do Tempo

Só é pena não me meterem no YouTube o sorriso lívido do Mário Crespo,
ontem,
enquanto o José Magalhães lhe explicava porque é que,
por exemplo,
eu já não tenho televisão em casa.

19 de dezembro de 2006

Quem ainda não vi

ela,
ela
e ela também.

Ah... e faltam eles, claro.

coninhas is dead 4

Apesar da apreensão, da incerteza e da tristeza de ver chegar o fim,
continuo a achar que ter vindo foi uma melhor decisão.

coninhas is dead 3

Apesar de se tratar de um óbvio exagero,
há quem me queira comparar a uma esponja.

coninhas is dead 2

Apesar de trabalhar a 2 minutos do Instituto Superior Técnico,
nem sequer me passou pela cabeça pôr lá os pés.

coninhas is dead

Apesar de continuar a alertar para o facto de se tratar de um cone,
a pirâmide tornou-se no meu bolo favorito.

18 de dezembro de 2006

"Você tem o chão"

A conclusão a que se chega é que,
mesmo sem nada para dizer,
até levo jeito para a coisa.

14 de dezembro de 2006

First Lady

Ainda me lembro,
e é a tudo o custo que faço por não me esquecer,
do tempo em que o Presidente e a Primeira Dama só emprestavam o seu Alto Patrocínio à execução e exposição de obras maiores, a concertos de música clássica, a coisas realmente belas.

-
Alguém uma vez disse-me que a Laura Pausini funcionava uma espécie de mensagem de esperança para as cabeleireiras.
Se lei c'è l'ha fatta, anche tu c'è l'ha puoi fare
, dizia-me.
-

No outro dia liguei a televisão na SIC Notícias e, ao ver aquela mise ocupando a quase totalidade do êcrã de 17 polegadas, fui imediatamente transportado para esse universo pausiniano:
- Sabe, este presépio não foi um artista. Este aqui vem de uma senhora lá de ao pé de mim, e foi todo feitinho à mão!

Que delícia. A nossa first lady está a usar o Palácio de Belém para mostrar a sua colecção de pequenos presépios que as pessoas lhe vão oferecendo ao longo dos anos que tem durado a sua vida inútil. E eu não acho isso bem.
Sinceramente, se está errado pensar que é o povo que se deve aproximar do nível da Primeira Família e não é a Primeira Famlília que se deve reduzir à dimensão do povo (e logo a mais rasteira),
então eu não quero estar certo. Então talvez eu não pertença a este sítio.

Até porque estas coisas das first ladies são um pouco como a vida sexual.
Cada um tem a que merece.

8 de dezembro de 2006

My hangover French

Oddly enough, sounds a lot like my English.

7 de dezembro de 2006

Prequela

Numa associação que escapará a alguns,
este Natal vai ser marcado pelo lançamento d'O Nascimento de Cristo nos cinemas portugueses.

E ainda diziam que A Paixão de Cristo não era um verdadeiro blockbuster
porque não se dispunha a que se fizessem sequelas...

Espero impacientemente

O dia em que aquelas pêgas*
vão fazer o anúncio dos seguros Tranquilidade.

* leia-se, com tranquilidade (ah, já não consigo dizer a palavra sem me rir),
so-called
artists deprived of any credibility

6 de dezembro de 2006

vento

A chuva estava a cair sobre a cidade como um bênção leve. Virei-me para a Rua do Alecrim e senti o vento que vinha do rio ou do mar. Era mais forte e mais fresco que o ar e a chuva que o rodeavam e fez o chapeu de chuva saltitar de um medo ignorante.
Mantive-o sem custo entre os dedos da mão, acalmei-o.
Há muito tempo que não sentia esta tremura, esta quase-saudade de qualquer coisa de que me vou (vão?) esquecer não tarda muito. Esta quase-vontade de não me esquecer.

E foi nessa altura que me veiram à cabeça as implicações religiosas de uma vela inchada só de um lado.

5 de dezembro de 2006

PCI

Como qualquer bom socialista, acredito que não há nada como um subsídio para tratar de um daqueles assuntos que a sociedade sozinha não está a conseguir resolver:
o das crianças irritantes nos transportes públicos.

É mais do que certo e sabido que os transportes públicos são uma "vector incontornável da resposta a toda uma série de problemas que afectam as nossas cidades", sejam eles de estilo de vida, de ambiente ou de urbanismo. É, portanto, fulcral fazer um investimento.

Pois bem, nesta altura há uma praga que, mais do que os engarrafamentos ou a falta de lugar sentado, me está a fazer pensar seriamente em comprar um carro: as crianças que gritam o mais alto que a música do pau, do gato e da p#$% da D. Chica. Pior do que o terrorismo, que não se sabe de onde vem nem quando chega, só a pequena Marta e a sua rica maezinha, cheia de paciência... pior do que não saber o que esperar é saber que uma coisa horrível nos vai acontecer,
é saber quando,
é saber onde,
e ela acontecer mesmo...
às 19.15,
em pleno Viaduto Duarte Pacheco.

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Eu acredito, pois, que um pai ou uma mãe que se apresente numa repartição da Segurança Social (SS) com uma criança de 3 anos, qualquer que ela seja, devia receber um subsídio de PCI, Portador de Criança Irritante.
Devia, para além disso, ser encorajado a comprar um carro em segunda mão, de preferência daqueles que ainda não tinham cinto atrás.

4 de dezembro de 2006

É falta, shôr árbitro

Quem diria que o Jorge Costa ia começar a carreira de treinador (-adjunto)
a treinar o João Pinto?