Como qualquer bom socialista, acredito que não há nada como um subsídio para tratar de um daqueles assuntos que a sociedade sozinha não está a conseguir resolver:
o das crianças irritantes nos transportes públicos.
É mais do que certo e sabido que os transportes públicos são uma "vector incontornável da resposta a toda uma série de problemas que afectam as nossas cidades", sejam eles de estilo de vida, de ambiente ou de urbanismo. É, portanto, fulcral fazer um investimento.
Pois bem, nesta altura há uma praga que, mais do que os engarrafamentos ou a falta de lugar sentado, me está a fazer pensar seriamente em comprar um carro: as crianças que gritam o mais alto que a música do pau, do gato e da p#$% da D. Chica. Pior do que o terrorismo, que não se sabe de onde vem nem quando chega, só a pequena Marta e a sua rica maezinha, cheia de paciência... pior do que não saber o que esperar é saber que uma coisa horrível nos vai acontecer,
é saber quando,
é saber onde,
e ela acontecer mesmo...
às 19.15,
em pleno Viaduto Duarte Pacheco.
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Eu acredito, pois, que um pai ou uma mãe que se apresente numa repartição da Segurança Social (SS) com uma criança de 3 anos, qualquer que ela seja, devia receber um subsídio de PCI, Portador de Criança Irritante.
Devia, para além disso, ser encorajado a comprar um carro em segunda mão, de preferência daqueles que ainda não tinham cinto atrás.